Extermínio. Esta é a palavra do ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal para qualificar a decisão que legaliza o aborto de crianças sem cérebro: “No caso de extermínio do anencéfalo encena-se a atuação avassaladora do ser poderoso superior que infringe a pena de morte a um incapaz”. Para ele, o feto portador de anencefalia tem vida, diferentemente dos seus colegas que afirmam que a gravidez de anencéfalo não pode ser taxada de aborto: "O crime de aborto pressupõe gravidez em curso e que o feto esteja vivo”. Quem está com a verdade?
A justificativa para o aborto de anencéfalos é o sofrimento da gestante. Mas, e os pais que sofrem a vida toda cuidando de filhos deficientes – filhos especiais? A dor que suportam não é com amor, satisfação, dedicação? E a criança sem cérebro não é ainda mais especial? Se viver 10 minutos fora do ventre, não é a oportunidade para manter os cuidados e depois fazer um sepultamento digno? Aliás, o que é feito com o corpo da criança anencéfala?
“Quando eu estava sendo formado na barriga da minha mãe, crescendo ali em segredo, tu me viste antes de eu ter nascido”, diz Davi sobre esta ecografia divina. E complementa: “Os dias que me deste para viver foram todos escritos no teu livro quando ainda nenhum deles existia” (Salmo 139). Se os dias de vida são um presente do Criador, e foram escritos no seu livro, ninguém tem o direito de abreviá-los. Por isto, antes do STF tem o mandamento “não matarás”. Também tem o que disse Pedro: “Devemos obedecer a Deus e não às pessoas” (Atos 5.29).
O rei Davi confessou que ele era pecador desde o dia em que tinha sido concebido. Neste mesmo Salmo 51 ele implora: “Ó Deus, meu Salvador, livra-me da morte”. Esta é a petição de milhares de crianças que são mortas diariamente antes mesmo de serem dadas à luz. Foi para elas, com ou sem cérebro, que Jesus disse: “Deixem que as crianças venham a mim”.
Artigo do Pastor Marcos Schmidt
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