Radio Cristo para Todos

terça-feira, 30 de outubro de 2012

495 Anos da Reforma

Dia 31 de outubro festejamos os 495 anos da Reforma, desde que Martinho Lutero, num ato de coragem, convicção e defesa da verdade das Sagradas Escrituras, fixou 95 teses na porta da igreja de Wittenberg, na Alemanha. Começava ali uma luta na defesa de três pilares básicos de nossa confissão e fé: Somente a Graça; Somente a Fé e Somente a Escritura.
Lutero defendia, à luz da Palavra de Deus, de que a salvação eterna é graça, é presente de Deus, que vem a nós, somente pela fé em Cristo Jesus e essa verdade, nos é colocada e determinada, somente pela Escritura, que é a clara e pura Palavra de Deus. Por essa verdade ele lutou. Nessa certeza ele viveu e se dispôs até a morrer, confessando: “Se vierem roubar os bens, vida e o lar, que tudo se vá, proveito não lhes dá. O céu é nossa herança.” (Hinário Luterano, nº 165).
Quando lembramos essa data, louvamos e agradecemos a Deus pela coragem, firmeza, determinação e fidelidade deste servo de Deus, chamado Martinho Lutero. Por outro lado, numa sociedade em transformação, num mundo de constantes mudanças, onde valores éticos, morais, princípios cristãos, são ignorados, pisoteados e deixados de lado, é preciso olhar para o exemplo de homens como Lutero, para, também, firmados na Bíblia, a Palavra de Deus, hastearmos pendões (Sl 20.5), confessarmos essa fé e não nos deixarmos envolver por ameaças, críticas e vãs filosofias desse mundo (Cl 2.8 e 1 Tm 6.20).
Deus nos proteja, defenda e dê sabedoria para permanecermos firmes na fé e nas Confissões da nossa Igreja. Nas Confissões, conforme encontramos no Livro de Concórdia de 1580, não por serem essas igual ou maior do que a Bíblia Sagrada, mas por termos absoluta convicção que elas estão fundamentadas, baseadas e firmadas na Palavra de Deus. Que assim possamos permanecer firmes e defender com convicção, não o que Lutero disse, mas o que a Bíblia diz, e pela qual Lutero batalhou e lutou até o fim.
Continuamos defendendo que somos salvos Somente pela Graça de Deus. Esse presente vem a nós, Somente Pela Fé, e temos essa certeza, porque a Bíblia e Somente Ela nos afirma e mostra isso.       
                                                                            Pastor Egon Kopereck
                                                                              Presidente da IELB

Bartimeu, Lutero e Nós: Ex Cegos!

Mc 10.46-52
"46 Jesus e os discípulos chegaram à cidade de Jericó. Quando ele estava saindo da cidade, com os discípulos e uma grande multidão, encontrou um cego chamado Bartimeu, filho de Timeu. O cego estava sentado na beira do caminho, pedindo esmola. 4 7Quando ouviu alguém dizer que era Jesus de Nazaré que estava passando, o cego começou a gritar: Jesus, Filho de Davi, tenha pena de mim! 48 Muitas pessoas o repreenderam e mandaram que ele calasse a boca, mas ele gritava ainda mais: Filho de Davi, tenha pena de mim! 49 Então Jesus parou e disse: Chamem o cego. Eles chamaram e lhe disseram: Coragem! Levante-se porque ele está chamando você! 50 Então Bartimeu jogou a sua capa para um lado, levantou-se depressa e foi até o lugar onde Jesus estava. 51 O que é que você quer que eu faça? Perguntou Jesus. Mestre, eu quero ver de novo! respondeu ele. 52 Vá; você está curado porque teve fé! afirmou Jesus. No mesmo instante, Bartimeu começou a ver de novo e foi seguindo Jesus pelo caminho.”
Aproveitando que nós estamos próximos do dia 31 de outubro, onde lembramos o aniversário de 495 anos da reforma protagonizado por Martinho Lutero, quero aproveitar este belo texto da Palavra de Deus, o aniversário da reforma e a nossa presença hoje aqui, para refletirmos brevemente sobre algumas semelhanças entre Bartimeu e Lutero.
1. Bartimeu era cego – Lutero também viveu cego boa parte da sua vida.
Existem dois tipos de cegueira: a cegueira física, corporal que nos impede de ver tudo a nossa volta. E a cegueira espiritual, a cegueira da alma que nos impede de ver o que somos e a misericórdia de Deus. Bartimeu certamente foi portador desses dois tipos de cegueira. Já Lutero, apesar de poder contemplar tudo a sua volta sofria com a cegueira da alma, de não poder enxergar o que ele era e acima de tudo a misericórdia de Deus.
2. Bartimeu e Lutero sofreram Consequências semelhantes por causa da cegueira: Vergonha e culpa!
Na época de Jesus ser cego era visto como um sinal de que a pessoa ou seus pais tinham cometido algum pecado grave para a pessoa ser assim. Além da dificuldade natural por causa da deficiência, uma pessoa cega tinha que conviver com a vergonha de ser vista por todos como uma pessoa amaldiçoada e com o sentimento de culpa pesando em suas consciências. Quando Bartimeu pediu a Jesus para ver de novo, ele não queria apenas enxergar novamente, ele também queria ter uma vida nova, livre de culpa e vergonha.
Este era também o drama de Lutero. Esta era também a sua angustia. Na época de Lutero as pessoas eram impedidas de enxergar e viver à luz do evangelho de Cristo. Lutero via Deus como um severo juiz. O sentimento de vergonha e culpa pelos seus pecados era tão grande que Lutero se autoflagelava (chicoteava-se). Sofria tentando descobrir como agradar a Deus.
3. Bartimeu e Lutero – ambos encontraram cura e paz na misericórdia de Jesus.
Como resposta aos seus pedidos de misericórdia Bartimeu ouviu de Jesus: Vá; você está curado porque teve fé. (v.52) (E podemos acrescentar: fé no Filho de Deus).
Lutero encontrou a paz que sua alma tanto almejava algum tempo depois de ter sido ordenado padre. Em Wittenberg onde foi enviado para aprofundar-se nos estudos, Lutero descobriu a graça de Deus. Ao estudar a carta aos Romanos Lutero contemplou a misericórdia de Deus quando leu Rm 1. 17: O Justo viverá por fé! (E nós podemos acrescentar: fé no Filho de Deus)
4. Bartimeu e Lutero - Tentaram calar os dois.
O v.48 do evangelho mostra o que tentaram fazer com Bartimeu: Muitas pessoas o repreenderam e mandaram que ele calasse a boca, mas ele gritava ainda mais. A fé no Filho de Deus não o deixou parar. O fez ser persistente. O fez vencedor mesmo quando tudo conspirava contra.
Repreensão e gente tentando fazer Lutero calar a boca também não faltou quando ele começou a denunciar os erros da igreja de sua época e pregar sobre a graça de Deus. Primeiro ele foi ameaçado de excomunhão. Depois foi de fato excomungado. Botaram fogo nos seus escritos que tinha como objetivo condenar as heresias da igreja Romana e ajudar o povo a compreender a Palavra de Deus. Tentaram faze-lo renegar todos os seus escritos. E por fim queriam tirar a sua vida. Mas a fé no Filho de Deus o fez ir ainda mais longe quando tudo parecia conspirar contra: Lutero traduziu a bíblia colocando-a nas mãos do povo para que todos pudessem enxergar a verdade.
5. Bartimeu e Lutero – ambos seguiram Jesus.
A última frase do texto Bíblico está dizendo: No mesmo instante, Bartimeu começou a ver de novo e foi seguindo Jesus pelo caminho. (v.52)
Existe uma frase de Lutero que mostra bem o quanto era importante para ele seguir Jesus: "Uma masmorra com Cristo é um trono, e um trono sem Cristo é um inferno".
Sem dúvida as atitudes e ações de Bartimeu e Lutero servem de modelo e encorajamento para todos. Eles sabiam o que queriam e souberam fazer a coisa certa quando encontraram o que buscavam: Seguiram Jesus.
Bartimeu, Lutero e Nós – Ex Cegos!
De acordo com a Bíblia todo ser humano é concebido e nasce em pecado. (Sl 51.5). O pecado faz com que todos nasçam cegos para as coisas de Deus. Por isso nós fomos Batizados e levamos pessoas ao Batismo. No Batismo alguém nos levou até a presença de Jesus para nascermos de novo pela fé Nele e termos os olhos abertos para a sua misericórdia.
Assim como aconteceu com Bartimeu e Lutero, o mundo, o diabo e a nossa própria carne também tentam calar a nossa boca. Tentam nos impedir de aproximar de Jesus e de levar outros até Jesus.
Mas assim como Bartimeu e Lutero, nós também sabemos o que queremos. E o fato de estarmos aqui hoje como líderes de um distrito da nossa igreja, como líderes das nossas congregações e Paróquias, demonstra que queremos seguir Jesus. Fazer a coisa certa.
E enquanto seguimos pelos caminhos de Jesus, como igreja e como cristãos individualmente, nós podemos dizer as pessoas o que o cego Bartimeu ouviu: Coragem! Levante-se porque Jesus está chamando você!
Foi isso que Lutero fez quando Deus lhe abriu os olhos pelo estudo da Palavra e ele descobriu que Deus não era um severo juiz e sim um Pai amoroso, que oferece salvação de graça a todas as pessoas pela fé em Jesus cristo. Lutero assumiu como a grande missão de sua vida anunciar a todos que pudesse que Jesus está perto de todas as pessoas e quer ajudar a todos com o seu amor e salvação.
Conclusão
Estar com os bartimeus de hoje, andar com eles e conduzi-los até Jesus, é a nossa grande missão. Cegos pelo pecado como Lutero e nós fomos, essas pessoas não podem chegar até Jesus sozinhas.
Como na sua época e no tempo de Lutero, Jesus precisa de gente para essa missão. Ele quer que nós, Ex Cegos e herdeiros da sua salvação, conduzamos muitos bartimeus a Ele, para que vejam a sua misericórdia e também sejam salvos. Que Deus nos abençoe nesta sua obra de amor e misericórdia. Amém.
                                                                                        Pr. Fernando S. Boone

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Salvem as crianças

Saiu na última Veja uma matéria sobre crianças, algumas até com 3 anos, que atuam como pastores pregando para adultos e fazendo milagres. Uma prática inaceitável. O ministério pastoral exige preparo teórico e prático como em qualquer ofício. Se por um lado o próprio Jesus adverte que “quem não receber o Reino de Deus como uma criança nunca entrará nele”, por outro, o Ofício da Palavra requer capacidade teológica. Esta capacidade Jesus ofereceu aos seus discípulos num intensivo de 3 anos. Já o apóstolo Paulo não deixa de enumerar os requisitos para ser pastor, entre os quais “deve se manter firme na mensagem que merece confiança e que está de acordo com a doutrina. Assim ele poderá animar os outros com o verdadeiro ensinamento e também mostrar o erro dos que são contra esse ensinamento” (Tito 1.7). Noutra epístola lembra que deve ser um homem que ninguém possa culpar de nada, e para não ficar cheio de orgulho não pode ser alguém convertido a pouco tempo (1 Timóteo 3).
Percebe-se assim a responsabilidade destas pessoas que Deus escolheu “para pastores e mestres da Igreja (...) para preparar o povo de Deus para o serviço cristão”. No entanto, oportuno o quê Paulo escreve depois: “Então não seremos mais como crianças, arrastados pelas ondas e empurrados por qualquer vento de ensinamentos de pessoas falsas” (Efésios 4.14).  Se a própria Bíblia concorda que crianças são facilmente arrastadas, empurradas – sem capacidade para saber o que é certo ou errado, então não é um contracenso estúpido entregar-lhes o ofício pastoral?  Na verdade, o que acontece em determinadas igrejas é reflexo da atual sociedade, com papéis invertidos onde os filhos são os pais e os alunos são os professores. Não por nada o recado: “Pais, não tratem os seus filhos de um jeito que faça com que eles fiquem irritados. Pelo contrário, vocês devem criá-los com a disciplina e os ensinamentos cristãos” (Efésios 6.4).
                                                                                               Marcos Schmidt
                                                                                                pastor luterano

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A Verdadeira Riqueza!

Vigésimo primeiro Domingo após Pentecostes – 21-10-2012
Sl119. 9-16; Ec 5.10-20; Hb 4.1-13; Mc 10.23-31
Introdução
Alexandre o Grande foi um rei da Macedônia que viveu no século 4 a.C. Ele ficou eternizado na história do mundo Antigo por ter conquistado um enorme e rico império, sem nunca ter perdido uma batalha nas guerras. Conta-se que quando estava à beira da morte, ele convocou os seus generais e comunicou a eles os seus três últimos desejos:
1. Que seu caixão fosse levado aos ombros e transportado pelos melhores médicos do seu reino. 2. Que os tesouros que tinha conquistado (prata, ouro e pedras preciosas), fossem espalhados pelo caminho até sua sepultura. 3. Que suas mãos ficassem balançando no ar, fora do caixão e à vista de todos.
Um dos seus generais, assombrado com esses desejos, perguntou ao imperador: Mas senhor, porque razão deseja que assim seja feito?
Alexandre disse:
1. Quero que os melhores médicos carreguem o meu caixão para que percebam que perante a morte não têm o poder de curar. 2. Quero que o solo seja coberto por meus tesouros para que todos possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem. 3. Quero que minhas mãos se balancem ao vento, para que as pessoas possam ver que viemos com as mãos vazias e com as mãos vazias partimos.
Fato
E essa é uma grande verdade da qual o texto de Eclesiastes no dia de hoje confirma quando diz: “Como entramos neste mundo, assim também saímos, isto é, sem nada. Apesar de todo o nosso trabalho, não podemos levar nada desta vida... Nós vamos embora deste mundo do mesmo jeito que viemos.” (Ec 5.15,16)  
            Irmãos, muitas pessoas são como Alexandre o Grande. Lutam a vida toda. Travam verdadeiras batalhas, trabalham incessantemente para construir seus impérios aqui neste mundo. E às vezes somente na hora da morte vão se dar conta que ter vivido em função disso não valeu  a pena, não era o mais importante. Alguns nem na hora da morte, vivem na ilusão e morrem iludidos.
Desenvolvimento
            O texto de Eclesiastes alerta contra a ilusão que as riquezas deste mundo podem ser na nossa vida: "Quem ama o dinheiro nunca ficará satisfeito; quem tem a ambição de ficar rico nunca terá tudo o que quer. Isso também é ilusão." (Ec 5.10) É ilusão porque a pessoa que ama o dinheiro, que vive na ambição de querer ter, adquirir riquezas, nunca estará contente com o que tem. Vai sempre querer mais. E o que é pior, vai fazer disso a sua razão de viver. 
            Um dia desses uma repórter perguntou para o homem mais rico do Brasil se ele ainda tinha algum sonho que gostaria de realizar, afinal com a fortuna que ele tem ele pode ter tudo que quiser? Ele respondeu: "Meu maior sonho é chegar a ser o homem mais rico do mundo." Veja, não basta ser o mais rico do seu país, a pessoa quer ser o mais rico do mundo.
            No entanto, estas ambições comum deste mundo materialista e pessoas consumistas, não encontram apoio na palavra de Deus. No sermão do Monte registrado no Evangelho de Mateus, Jesus orienta os seus seguidores com a seguinte recomendação: “Não ajuntem riquezas aqui na terra, onde as traças e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam. Pelo contrário, ajuntem riquezas no céu, onde as traças e a ferrugem não podem destruí-las, e os ladrões não podem arrombar e roubá-las.” (Mt 6.19-20) Em seguida Jesus diz porque nós devemos nos preocupar com as riquezas do céu e não com as riquezas aqui deste mundo. "Pois onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês." (Mt 6.21) E onde estiver o seu coração ali estará o seu Deus.
            Esta é a razão para Jesus estar dizendo no Evangelho de hoje que "é difícil os ricos entrarem no reino de Deus." (Mc 10.23) É mais difícil um rico entrar no Reino de Deus do que um camelo passar pelo fundo de uma agulha." Está dizendo Jesus!
            E Jesus disse isto depois que um jovem rico veio correndo até ele perguntar o que ele deveria fazer para conseguir a vida eterna. Jesus sendo um profundo conhecedor do que se passa no coração das pessoas, sabia que o coração do jovem rico estava repleto de justiça própria. Sabia também que as riquezas daquele jovem era o que ele mais amava e considerava importante. Depois de olhar para ele com amor e querendo dar a ele a verdadeira riqueza, Jesus disse para ele vender tudo o que tinha, dar aos pobres e segui-lo. E o jovem, porque era muito rico,  fechou a cara, virou as  costas para Jesus e foi embora triste.
            O coração do jovem rico estava preso às riquezas que ele possuía aqui neste mundo. Preferiu as suas riquezas a seguir Jesus, ele fez de suas riquezas o seu deus. Quando eu direciono o meu coração para as riquezas lá do céu, Deus estará sendo o senhor do meu coração. Jesus estará sendo o Senhor da minha vida. E nada na minha vida vai ser mais importante do que seguir a Jesus. Essa é a verdadeira riqueza: seguir Jesus livremente. Não ter nada que eu considere mais importante ou que eu ame mais na vida do que o meu salvador. Jesus diz que quem ama mais o seu pai, a sua mãe e os seus filhos não é digno dele. 
            Por outro lado, ele termina o Evangelho de hoje dizendo: "Eu afirmo a vocês que isso é verdade: aquele que, por causa de mim e do evangelho, deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras receberá muito mais, ainda nesta vida. Receberá cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos, terras e também perseguições. E no futuro receberá a vida eterna." (Mc 10.29,30)
            Não tem nada de errado uma pessoa ser rica ou querer ser rica. No texto de Eclesiastes, o rico e sábio Rei Salomão está dizendo: Se Deus der a você riquezas e propriedades e deixar que as aproveite, fique contente com o que recebeu e com o seu trabalho. Isso é um presente de Deus. (Ec 5.19) Agora, é um presente de Deus que eu tenho que saber administrar. Eu tenho que controlar e não ser controlado pelas riquezas. Meus bens não podem ser o senhor da minha vida.
            No livro de provérbios nós encontramos uma sábia oração deste sábio rei Salomão que deveria ser sempre a oração de cada cristão. Em (Pv 30.7-9) Salomão ora assim: “Eu te peço, ó Deus, que me dês duas coisas antes de eu morrer: não me deixes mentir e não me deixes ficar nem rico nem pobre. Dá-me somente o alimento que preciso para viver. Porque, se eu tiver mais do que o necessário, poderei dizer que não preciso de ti. E, se eu ficar pobre, poderei roubar e assim envergonharei o teu nome, ó  meu Deus.”
            Só pode orar assim quem sabe o Deus maravilho que tem. Quem sabe e confia que este Deus está no controle da sua vida e nunca vai deixar um filho seu desamparado.
Conclusão
             Podemos trabalhar, sonhar, traçar metas e querer subir de vida. Mas não nos esqueçamos que o mais importante é subir com Jesus para a vida. Para a vida eterna. Não permitamos que o diabo, o mundo e os nossos desejos ambiciosos nos tirem a verdadeira riqueza, a vida eterna. Amém
                                                                                 Pr. Fernando Santos Boone

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Avenida Brasil

Os recordes de audiência da novela Avenida Brasil fizeram com que a própria presidente Dilma Rousseff alterasse a data de um comício em São Paulo nesta sexta-feira, na hora do último capítulo. Concluíram que “não haveria ninguém” para prestigiar a presidente. Eles têm razão. Conforme pesquisa, nos últimos dias sete em cada dez pessoas que assistiam TV em São Paulo estavam ligadas na novela das 21h  – que representa a média nacional. Ninguém pode menosprezar os motivos para tanta audiência, sobretudo nos quesitos qualidade técnica, interpretação, roteiro das novelas da Globo. Mas é preciso refletir em algumas coisas.
Dias atrás, caminhando pela calçada, ouvi uma menina de uns três anos dizendo para a mãe: “O Max não morreu, ele vai voltar e ficar com a Carminha”. Fiquei pensando com meus botões: O quê passa na cabeça de uma criança ao assistir esta novela? Aliás, até onde as novelas moldam a vida dos brasileiros? Traição, adultério, poligamia, licenciosidade, libertinagem sexual, enfim, um mundo de coisas que até tempos atrás eram imorais para a grande maioria. E hoje? As novelas, com poucas exceções, condenam injustiças sociais, falcatruas, desonestidade, roubos – este tipo de imoralidade. Mas impiedosamente elas maltratam os conceitos tradicionais do casamento, da família, da sexualidade. E quando padres, pastores, religiosos cristãos são interpretados, tais personagens geralmente são moralistas hipócritas, falsários, e até motivo de avacalhação.
Avenida Brasil está no fim, mas o quê as crianças, jovens e adultos aprenderam sobre o matrimônio? Vale ainda a recomendação(?): “Seja fiel à sua mulher e dê o seu amor somente a ela” (Provérbios 5. 15); “Que o casamento seja respeitado por todos, e que os maridos e as esposas sejam fiéis um ao outro”(Hebreus 13.4).  Se não tirarmos os pequenos da sala na hora da novela, que ao menos digamos a eles em certas cenas: Isto é feio!
                                                                                                       Marcos Schmidt
                                                                                                        pastor luterano

terça-feira, 9 de outubro de 2012

“Que ninguém separe o que Deus uniu.”

Decimo Nono Domingo Após Pentecostes – 07-10-2012
Sl 128; Gn 2.18-25; Hb 2.1-13;
Mc 10.2-16
Introdução
            No evangelho de hoje Jesus está dizendo: “Portanto, que ninguém separe o que Deus uniu.” (V. 9) Em que ocasião nós costumamos ouvir este mandamento de Jesus? Casais cristãos escutam este mandamento de Jesus no dia do casamento.
            No entanto, as estatísticas revelam índices cada vez mais auto de divórcios. O que além de ser lamentável, revela desprezo a vontade de Deus e desvalorização do casamento.  
Fato
            No final do ano passado, não sei se vocês lembram, mas os meios de comunicação noticiaram a seguinte manchete: “Brasil alcança a maior taxa de divórcio dos últimos 26 anos.” Pra vocês terem uma ideia, em 2010, foram registrados 243.224 divórcios. 36,8 % a mais do que em 2009. (Dados do IBGE) E o que é mais lamentável ainda: a taxa de divórcio entre casais cristãos era maior do que entre não cristãos.
            Lembro-me bem de alguém dizendo que a explicação para esse aumento expressivo de divórcios está nas leis que permitem o divórcio sob qualquer pretexto. Em julho de 2010, uma mudança na legislação facilitou o acesso ao divórcio, acabando com os altos preços de alguns processos e com os longos prazos.
            O problema, no entanto, não está nas leis do país. Jesus aponta o problema quando responde aos fariseus: “por causa da dureza do coração de vocês.” (V.5) O problema é a dureza de coração do ser humano. Acontece, infelizmente, que muitos cristãos deixam de guiar-se pela Palavra de Deus e, numa falsa liberdade cristã, refugiam-se nas leis do Estado, para justificarem seu direito ao divórcio. O fato de algo ser permitido não quer dizer necessariamente que é correto.
Desenvolvimento
            E é isso que Jesus está ensinando para os fariseus no evangelho de hoje. Os fariseus tentaram criar uma polêmica com Jesus em torno desse assunto. Eles argumentaram com Jesus: “Moisés permitiu ao homem dar à sua mulher um documento de divórcio e manda-la embora.” (V.4) E Jesus respondeu: “Moisés escreveu esse mandamento para vocês por causa da dureza do coração de vocês.” (V.5) Jesus reafirma a instituição do matrimônio como um ideal divino para a felicidade do ser humano e diz não ao divórcio: “que ninguém separe o que Deus uniu.”
            Desta discussão de Jesus com os fariseus, nós precisamos entender o seguinte: Moisés foi também um dirigente político do povo. Uma autoridade civil. Nem todos no povo de Israel eram tementes a Deus. Por isso Moisés teve que criar leis para por ordem em certas situações. Se hoje, em pleno século 21 as mulheres ainda lutam por dignidade, direitos iguais, imaginem como devia ser no tempo de Moisés. Os direitos da mulher praticamente não existiam. A carta de divórcio era, não tanto uma permissão para a separação, mas uma responsabilidade do marido para com a sua esposa rejeitada.
            Ou seja, Moisés tentou colocar freio na liberdade e crueldade quanto ao trato com as mulheres. O ideal defendido por Jesus vai muito além do socialmente aceitável e admitido por Moisés. Jesus reforça o plano de Deus com a criação. Na criação Deus visava o bem espiritual do ser humano, e a instituição do casamento fazia parte deste plano.
No padrão de Deus para o casamento não há divórcio. Nós vimos na leitura de Genesis que Deus disse: “Não é bom que o homem viva sozinho. Vou fazer para ele alguém que o ajude como se fosse a sua outra metade.” (Gn 2.18) Deus criou o homem e a mulher e os uniu para que vivessem juntos. “Uma só carne,” (Gn 2.24) como diz o texto de Genesis. A bíblia lembra que somente em caso de infidelidade e abandono malicioso seria permitido divórcio, mas ainda assim o maior conselho é sempre o perdão. O divórcio não deve ser uma opção para resolver problemas.
Infelizmente é o que está acontecendo hoje em dia. Ao invés de ser: “até que a morte nos separe”, muitos estão indo até que os problemas, as dificuldades e as nossas diferenças nos separem. E por que isto acontece? Porque o casamento está perdendo o seu valor como uma instituição divina. Porque muitos casais não se unem com o mesmo propósito que levou Deus unir um homem e uma mulher. Porque Deus e a sua Palavra tem ficado longe da vida de muitos casais, de muitas famílias. E onde Deus não está presente com a sua força, orientação e perdão, o diabo toma conta. E ele tem usado  novelas e algumas canções que estão em nossos lares todos os dias, estão nos celulares, no carro quando estamos dirigindo com o seguinte conselho: se não se entenderem mais, o melhor é separar do que viver brigando e partir para outra aventura. E é por isso, que muitos, infelizmente se deixam influenciar.
A grande verdade é que após a queda de Adão e Eva em pecado não existe mais o casamento perfeito. São dois pecadores, com suas falhas e fraquezas, que se unem. Eles precisam aprender a viver o perdão de Jesus Cristo e amparar um ao outro nas fraquezas.
Na Bíblia, uma das formas de Deus demonstrar o seu perdão por nós é através do casamento. Isso porque em várias ocasiões o relacionamento entre Deus e o seu povo é descrito como um casamento. Nesse relacionamento, nós o povo de Deus, somos chamados de geração adúltera, um povo que constantemente trai o seu Deus que conosco estabeleceu aliança.
Em algumas culturas, ainda hoje, o adultério é punido com pena de morte demonstrando a dificuldade de perdoar uma traição. Deus não só sabe como também vê as nossas traições contra Ele. Ele vê quando nós o trocamos por tantas outras coisas que nos impedem de estar com Ele. Ele vê quando nós o abandonamos e buscamos primeiro os nossos interesses. Ele vê quando o nosso desejo por bens e dinheiro é maior do que o desejo de ter a nossa vida entregue, orientada e fortalecida por ele.
Será que Deus ainda é capaz de nos perdoar por traí-lo desta forma e constantemente. Sim, Ele nos perdoa. Não porque nós merecemos, mas pelos méritos de Cristo que conquistou por nós o precioso perdão de Deus. Por isso, a nossa confiança em Jesus serve como um laço que nos une ao bom Deus.
O hino que nós cantamos antes da mensagem testifica uma grande verdade: "Jesus é aliança entre você e Deus, Jesus é a aliança entre você e eu". A ideia é que para existir um bom relacionamento entre o casal e na família como um todo, é preciso ter primeiro um bom relacionamento com Deus. Saber receber o perdão e saber perdoar. É o perdão que traz ao relacionamento a característica do eterno, do sem fim, do até que a morte nos separe. Do amar e respeitar nos bons e maus momentos da vida.
Quando um casal descuida de seu relacionamento com Deus, negligenciando o estudo da Palavra (devoção do lar, cultos, estudos bíblicos e oração), isto se refletirá imediatamente no seu relacionamento. Podemos dizer que no assunto matrimônio e família precisamos ouvir muito mais a Deus do que todas as vozes ao nosso redor. Feliz o casal, feliz a família que está alicerçada no fundamento da Palavra de Deus e sabe levar suas dificuldades, ansiedades e preocupações a Deus em oração.
Conclusão
            Para finalizar eu quero repetir as Palavras do Salmo 128: “Feliz aquele que teme a Deus, o SENHOR, e vive de acordo com a sua vontade! Se você for assim, ganhará o suficiente para viver, será feliz, e tudo dará certo para você. Em casa, a sua mulher será como uma parreira que dá muita uva; e, em vota da mesa, os seus filhos serão como oliveiras. Quem confia no SENHOR certamente será abençoado assim. Que lá do monte Sião o SENHOR vos abençoe! Que, em todos os dias da sua vida, você veja o progresso. E que você viva para ver os seus netos! Que a paz esteja com o povo de Deus.” Amém.
                                                                                 Pr. Fernando Santos Boone

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES MÊS DE OUTUBRO


Domingo
Seg
Terça
Quarta
Quinta
Sexta
Sábado







 

01

02
Culto Canto Grande
20:30
03

04
Reunião Assist. Social  15:00
05
Reunião da Diretoria 19:30
06
Instr. Conf .    9h

Culto   Itapema 19:30
07

ELEIÇÕES

Culto - S. J. Batista  9h
08


09

Est. Bíblico
Canto Grande
20:30
10

Servas               E       
Leigos 19:30
11


12


13
Instr. Conf. 9h

Escola Bíblica 14:30
14
CULTO E ASSEMBLEIA PAROQUIAL 9H

Instrução de Adultos   18:30
15



16


17

Est. Bíblico
19:30
(Igreja)
18

Estudo Bíblico S.J. Batista
19:30
19



20

Instr. Conf. 9h

Culto Itapema 19:30
21

Encontro Esportivo de  Leigos e Servas
Ituporanga
22
23

Culto Canto Grande
20:30
24

 Servas               E       
 Leigos 19:30
25


26

  
27   
Conselho Distrital Em Itapema 10h
28

Culto
Itapema 9h

Tijucas 18h
29
30


31
CULTO DA REFORMA - 19:30

“O JUSTO VIVERÁ POR FÉ.”             
 (RM 1.17)