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quarta-feira, 21 de maio de 2014
O Caminho.
Tema: o Caminho.
Itapema – Bom Caminho 18/05/2014
Régis Duarte Müller
5° Domingo de Páscoa – 18/05 a 25/05/2014
Textos Bíblicos: Salmo 146; Atos 6.1-9; 7.2ª,
51-60; 1 Pedro 2.2-10; João 14.1-14
Nossa vida é repleta de caminhos que escolhemos, que somos
levados e que seguimos. Esses caminhos podem ser de estradas esburacadas,
movimentadas e congestionadas, com semáforos, lombadas e pardais. Caminhos que
conhecemos e andamos automaticamente, caminhos que pegamos errado e nos
perdemos, caminhos que nos aproximam do destino e caminhos que nos afastam.
Mas antes de pegarmos a estrada, nos preparamos e
buscamos informações, pontos de referência, usamos mapas e GPS’s. Tudo o que
queremos é pegar a estrada e não se perder pelo caminho, mas chegar ao destino
conforme o planejado.
Por isso, quando queremos ir a algum lugar que não
conhecemos, precisamos aprender o caminho. Mas como? É nesse momento que
abrimos o mapa e ligamos o GPS. Eles vão nos oferecer as opções e nos mostrar o
caminho que devemos seguir para chegar ao nosso destino.
Acontece que muitas vezes nossos instrumentos falham. O
mapa pode ser confuso e quem usa GPS sabe que eles falham com frequência e não
nos indicam o caminho certo, perdem o sinal e nos deixam na mão. Perdidos e sem
o auxílio do GPS ficamos angustiados, apreensivos, com medo. Afinal, onde
estamos? Como sair daqui? Para onde devo ir? Perdidos e sem saber o rumo que
devemos seguir, o jeito é pedir informações lá no ‘posto Ipiranga’ para saber
qual caminho seguir. Então, algum frentista que conhece bem a região vai
apontar a rua que devemos pegar.
Pedir informações em postos de combustíveis muitas vezes
é a solução, quando o assunto é saber qual estrada pegar. Mas qual caminho nós
devemos pegar para chegar ao Pai? Talvez você já esteve perdido desta forma, ou
quem sabe esteja perdido neste momento, assim como Tomé estava.
Ora, pois, Tomé, um dos discípulos, estava bastante
confuso. Jesus iria partir e ninguém sabia o caminho para encontrá-lo. Como
vemos no questionamento de Tomé: “Senhor,
não sabemos para onde vais; como saber o caminho?” (Jo 14.5).
Claro que não estamos falando de uma estrada de asfalto
ou de chão, mas do caminho que leva as pessoas ao Pai do céu. Por isso, assim
como Tomé, você e eu também podemos nos sentir tranquilizados, pois Jesus
responde: “Eu sou o caminho, a verdade e
a vida; ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim” (Jo 14.6).
Então descobrimos que Jesus é o caminho que leva ao Pai,
o único caminho.
Bem, o caminho é um só, mas precisamos ter muito cuidado,
pois estamos cercados de informações, ‘mapas’ e ‘GPS’s’ que estão alterados ou
desatualizados. Os caminhos que eles oferecem apontam outras formas para chegar
ao Pai, mas nenhuma é correta.
Alguns ‘mapas’ falam que é preciso fazer o bem; Outros
que são necessários paz e amor ao próximo; Alguns dizem que é preciso ter sido
escolhido; outros dizem que não existe caminho nenhum, apenas precisamos viver,
curtir as coisas boas, aproveitar o tempo que vivemos. Sem falar que muitos
escolhem trilhar o caminho profissional, o caminho da família, o caminho das
drogas...
Assim nós percebemos que são várias as estradas, e todas
são muito atraentes e repletas de significados bonitos e convincentes. Como
esta: se você for uma pessoa boa, fizer o bem e ajudar o próximo, você vai
alcançar o céu – com certeza isso é muito bonito e nos causa um sentimento
gostoso, o sentimento da participação, mas não é verdadeiro.
Todos os caminhos que trilhamos sozinhos nos levam a
destinos danosos, seja para nossa vida física ou espiritual. Confiar em ‘mapas’
e ‘GPS’s’ desatualizados pode ser crucia
l para nossa vida, nos levando para
estradas sem saídas.
A grande verdade é que existe apenas um mapa correto,
apenas um caminho que leva ao céu, para junto do Pai. A Bíblia Sagrada é o mapa
da nossa vida, e nele nós encontramos o caminho. Como vemos: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida;
ninguém pode chegar até o Pai a não ser por mim” (Jo 14.6). Essa informação
é vital para nossa vida, pois ela é a informação que precisávamos para seguir
em frente.
Neste
caminho nós encontramos aspectos importantes e que fundamentam a vida daquele
que o está percorrendo: Amor, paz, esperança, prática do bem, ação social (At
6.1-9). Também descobrimos que fomos escolhidos – sim, Deus nos escolheu e
enviou seu Filho, Jesus Cristo, para se tornar o nosso salvador. Neste caminho
podemos encontrar lindas paisagens e curtir a vida em todo seu esplendor.
Muitas vezes também acontecem coisas tristes nesse caminho, coisas que machucam
e causam amarguras, sofrimentos – mas ali reina o arrependimento, a
misericórdia, o perdão e consolo plenos.
Sendo assim, quando ficamos em dúvida sobre o caminho que
devemos pegar, lembremos que temos um ‘mapa’ que vai nos dizer qual é o caminho.
Por isso é importante nunca esquecer o ‘mapa’, e buscar nele informações sobre
a estrada, pois ela pode ser esburacada ou quem sabe, cheia de pedras. Mas
ainda assim, esse é o único caminho que vai nos levar ao Pai.
E quanto à nossa parte, guiados pelo ‘mapa’ que Deus nos
deixou, busquemos trilhar o caminho do amor a Deus e ao próximo baseado pela
fé, conforme nos ensina Lutero: “Aprende
a compreender este belo dito de Cristo: “Eu sou o caminho.” Que não se pense em
um caminho ou em uma estrada onde se pisa e anda com os pés, mas entenda-se que
se trata de um caminho onde se caminha com a fé que está no coração, que se
apega tão somente a Cristo, o Senhor” (OS 11, 75).
Portanto, sim, nós conhecemos o caminho, esse caminho é
Cristo. Podemos ter essa certeza através das palavras que seguem: “Quando digo que vocês conhecem o caminho,
quero dizer que conhecem aquele que é o caminho, ou seja, a mim, pois vocês me
veem e sabem que eu sou Cristo, Senhor e Salvador de vocês, meus discípulos,
que ouviram minha mensagem durante tanto tempo e testemunharam minhas obras
milagrosas. Agora, visto que me conhecem, também conhecem o caminho e sabem
tudo que devem saber” (OS 11, 70).
Que bom que temos e conhecemos o caminho. Que Deus
permita sempre podermos atualizar e confirmar essa certeza através da leitura
bíblica, da renovação diária do nosso batismo e da participação à Santa Ceia.
Amém.
terça-feira, 6 de maio de 2014
Purificados para Amar.
Tema: Purificados para amar.
Itapema – Bom Caminho 03 e 11/05/2014
Régis Duarte Müller
3° Domingo de Páscoa – 03/05 a 11/05/2014
Textos Bíblicos: Salmo
116.1-14; Atos 2.14ª, 36-41; 1 Pedro 1.17-25; Lucas 24.13-35
Muitas coisas que consumimos, ou que compramos, ou usamos
passam por um processo de purificação. É o caso dos brincos, colares e objetos
de ouro. Além dos objetos de ouro e do próprio ouro, a água que consumimos
também precisa passar por um processo de purificação para que se torne potável.
Neste processo é eliminado tudo que contamina a água e que pode trazer prejuízo
à saúde das pessoas, tornando-a pura.
A purificação é importante e necessária. É o que também
precisa acontecer conosco, homens e mulheres, enfim, os seres humanos. Sabem
por quê? Porque não sabemos amar, se é que sabemos o que isto significa.
Nós, seres humanos, matamos, falamos mal, roubamos,
maltratamos e causamos uma série de danos ao próximo e ao meio ambiente em que
vivemos. Além do mais, é do ser humano que partem gestos preconceituosos como
lançar uma banana a um atleta negro. Atitudes como estas são repulsivas,
desprezíveis e não deveriam ser praticadas pela humanidade. Mas o fato de
encontrarmos todos esses sinônimos para a maldade, nos mostra a necessidade da
purificação.
Mas essa purificação já aconteceu. O apóstolo Pedro em
sua primeira carta nos mostra isso: “Pois
vocês sabem o preço que foi pago para livrá-los da vida inútil que herdaram dos
seus antepassados. Esse preço não foi uma coisa que perde o seu valor como o
ouro e a prata. Vocês foram libertados pelo precioso sangue de Cristo, que era
como um cordeiro sem defeito, sem mancha” (1Pe 1.18-19).
Desta forma, todos aqueles que creem em Jesus Cristo e na
obra que Ele realizou naquela cruz, estão purificados e são estimulados pelo
Espírito Santo a viver em amor, afinal de contas, “nós amamos porque Deus nos amou primeiro” (1 Jo 4.19).
Será que amamos? Pois o que vemos
nos jornais são atitudes de violência, de racismo. João nos traz um mandamento de Deus muito importante ao
dizer: “Quem ama a Deus, que ame também o
seu irmão” (1 Jo 4.21b). João diz isso porque muitas pessoas dizem amar a
Deus, mas suas atitudes não demonstram isso, pois elas não amam o próximo. Como
vemos: “Se alguém diz: “Eu amo a Deus”,
mas odeia o seu irmão, é mentiroso. Pois ninguém pode amar a Deus, a quem não vê,
se não amar o seu irmão, a quem vê” (1Jo 4.19).
Desta forma, a falta de ajuda a pessoas necessitadas, as
atitudes agressivas, os atos de violência física, ética e moral, demonstram a
total falta de amor ao próximo. Notamos que as pessoas estão cada vez mais
atarefadas, mais nervosas e estressadas. Cada vez mais estão com o pavio curto,
e qualquer faísca é motivo para excessos de raiva e liberação do velho homem –
o pecado, – que vive nos tentando.
Uma demonstração clara e atual disso é o triste episódio
de Madri. Há poucos dias, no jogo do Barcelona contra o Villarreal, um torcedor
do Villa jogou uma banana no gramado, onde se encontrava o jogador brasileiro
Daniel Alves, que comeu a banana. A banana foi jogada no gramado como um gesto
e demonstração de falta de amor (racismo), e o jogador brasileiro comeu a
banana, demonstrando o real objetivo da fruta, uma criação de Deus para
alimentar o ser humano.
Assim o ser humano inverte as situações, tornando coisas
boas em más e pejorativas (ofensivas). Por isso, uma coisa precisa ser
esclarecida: A falta de amor ao próximo é uma constatação da falta de amor e fé
em Deus. Por isso, quem não ama ao
próximo e a Deus, precisa ser purificado.
Esta purificação acontece pelo sangue que Jesus Cristo
derramou na cruz. Com a obra de Jesus Cristo, nós somos purificados e nos
tornamos filhos do mesmo Pai, a quem devemos respeito, honra, glória
e louvor.
Sendo
assim, é necessária a purificação para que possamos amar nosso próximo e a
Deus. É necessária purificação para que herdemos a vida no porvir. Essa
purificação acontece somente através do sangue de Cristo (1 Pe 1.19), de modo
que, por ele, somos redimidos/perdoados.
Uma
vez redimidos pelo sangue de Cristo Jesus, somos novas criaturas, somos filhos
de Deus e irmãos, pois agora vivemos pela fé em Cristo Jesus, a qual nós
recebemos pelo Espírito Santo.
Sendo
assim, vocês e eu somos filhos de Deus por causa do seu grande amor por nós.
Afinal de contas, Deus decidiu nos buscar, resgatar da escravidão do pecado e
nos conceder uma nova vida. Essa nova vida exala amor. É este amor que nos
motiva a amar nosso irmão.
É
amando nosso irmão que nos tornamos testemunhas do amor de Deus, pois recebemos
a tarefa de promover o arrependimento, conceder o perdão dos pecados e fomentar
o amor, para que as pessoas tratem umas às outras com respeito, e com amor.
Agora, portanto, Deus nos usa para demonstrar
o seu amor às outras pessoas. Nós apresentamos ao mundo o amor de Deus através
do respeito, através do carinho, do cuidado, e do perdão... Por isso, Pedro
diz: "Agora que vocês já se
purificaram pela obediência à verdade e agora que já têm um amor sincero pelos
irmãos na fé, amem uns aos outros com todas as forças e com um coração puro”
(v.22).
Queridos irmãos, Amem(os) uns aos outros
com todas as forças e com um coração puro!
Que
Deus nos ajude. Amém.
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