Na "casa mais famosa do Brasil" aprende-se a ser herói com a derrota dos outros. Aliás, estes programas de TV têm influência nas pessoas, ou são as pessoas que influenciam estes programas? Penso que as duas coisas, e por isto uma roda viva (ou morta). Eles influenciam e espelham, eles espelham e influenciam, e o circulo aumenta cada vez mais. Como reverter isto? Trocar de canal? Jogar a TV pela janela? Até ajudaria se o mal estivesse fora. Mas ele está dentro. É do coração, disse Jesus, que vem todas as porcarias. Assim é um jeito até hipócrita ficar falando dos males deste mundo. Quem sabe a história de Joao Batista possa ajudar nesta conversa, ele que tinha tudo para ganhar fama e ser o cara. Quando as esperanças do povo começaram a aumentar na ideia de que ele fosse o Messias, foi logo dizendo: "Eu não sou nada disto. Alguém mais importante que eu está chegando e não sou digno nem de desamarrar as sandálias dele" (Lucas 3.16). Hoje a Igreja poderia ser "joanina" e não "cristã" – conforme divulgação muito interessante de uma revista científica. Mas, levando a sério a veracidade bíblica, João tem duas credenciais do legítimo profeta nestes tempos maníacos de gente gananciosa e enganadora: Ele não se aproveita da ignorância para fazer falsas promessas, e ele não ofusca a imagem de Jesus. É claro, João foi para o paredão, morreu decapitado. Mas o que é a vida e o que é a morte? O que é vencer e o que é perder? O que é o sucesso e o que é o fracasso? Se influência e espelho são os shows reais e irreais da mídia, então salve-se quem puder. Mas se influência e espelho é a vida de gente que ajuda a levantar em vez de derrubar, que devolve dinheiro que encontra na rua, que é fiel, honesto, enfim, que prefere perder a cabeça numa bandeja do que fazer o mal para os outros, então o sacrifício não foi em vão. E no final valem mais as palavras de Jesus do que as de Bial: “De todos os homens que já nasceram João é o maior".
Pastor Marcos Schmidt
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