Radio Cristo para Todos

sábado, 21 de dezembro de 2013

Emanuel - Deus está conosco.

Tema: Emanuel – Deus está Conosco.
Itapema – Bom Caminho 22/12/2013
Régis Duarte Müller
4° Domingo de Advento – 22/12 a 29/12/2013
      
Textos Bíblicos: Salmo 24; Isaías 7.10-17; Romanos 1.1-7; Mateus 1.18-25

A Bíblia nos apresenta em suas muitas histórias, fatos impressionantes, promessas, cumprimento de promessas, e por aí vai... Um dos fatos mais impressionantes está diretamente ligado com o cumprimento de uma promessa, pela qual, Deus se tornaria presente na humanidade. É o cumprimento da promessa que se deu através da gravidez de uma virgem e o nascimento do menino Jesus. Emanuel, Deus está conosco.
Pois bem, o povo aguardava ansioso o cumprimento da promessa de Deus, que enviaria um Salvador. Aguardavam a chegada de seu Rei - Emanuel. Acontece que o tempo passava e a profecia não se cumpria.
Foi, então, que Maria ficou grávida. Mas Maria ainda não era casada, como poderia ter engravidado?
José, seu noivo, era um homem muito leal, e procurava agir corretamente. Por isso decidiu abandonar Maria e quebrar o contrato de casamento. Decidiu fazer isso de forma anônima para que Maria não fosse apedrejada por adultério.
Contudo, um Anjo apareceu a José em sonho e revelou o que estava acontecendo. Explicou que Maria estava grávida pelo Espírito Santo (que não havia sido traído). O anjo explicou: “- José, descendente de Davi, não tenha medo de receber Maria como sua esposa, pois ela está grávida pelo Espírito Santo. Ela terá um menino, e você porá nele o nome de Jesus, pois ele salvará seu povo dos pecados deles” (Mt 1.20b).
José é parte importante e fundamental deste fato que mudaria para sempre o rumo da humanidade. José é descendente de Davi, por isso, quando José assume Jesus como seu filho, Jesus se torna descendência de Davi e a promessa do Salvador Jesus, que veio salvar seu povo dos pecados deles se torna realidade.
Esse é o grande motivo da gravidez de Maria, do nascimento de Jesus – Salvar o povo dos seus pecados. Pecados que corromperam a humanidade, e que levam à morte – temporal e eterna. Os pecados do povo são os mais variados. Tudo que vai contra os ensinos e mandamentos de Deus é pecado e quem os comete aguarda o juízo para condenação.
O juízo, a condenação, é algo sério e irrevogável. Todos que cometem pecados serão condenados.
Por exemplo, quem não obedece pai e mãe, comete pecado.
Quem ama as coisas do mundo (dinheiro, brinquedos, objetos, artistas, jogares...) é idólatra e comete pecado.
Quem não tira tempo para Deus, para ir aos cultos, à escolinha bíblica, aos estudos, não faz devoções e lê a bíblia está negligenciando o mandamento de Deus que ensina “Santificarás o dia de descanso”.
Por causa destes e de tantos outros pecados merecemos a condenação, a morte.
Mas para que ninguém fosse condenado, para que ninguém morresse, Deus prometeu enviar seu Filho, Jesus – para ser Emanuel, e se fazer presente na humanidade.
O nascimento de Jesus é a constatação firme da presença de Deus em nosso meio.
Deus está conosco através da sua Palavra. Deus está conosco através da Santa Ceia, quando recebemos sob o pão e o vinho, o corpo e sangue do próprio Jesus Cristo.
Deus veio para viver com as pessoas, para se tornar o Rei do povo, o Salvador e Redentor de todo o mundo. Foi por isso que José – pai adotivo de Jesus – pôs o nome no menino de Jesus, que no hebraico seria “Josué”, nome que significa “Deus Salva”.
Jesus – Deus Salva; Emanuel – Deus conosco. De uma ou de outra forma, temos no nome de Jesus a demonstração clara de quem ele é, e o que veio fazer neste mundo.
Esta é a Boa Notícia que Paulo, servo de Jesus Cristo, foi incumbido de promover. Como lemos em Romanos 1.2-4: “Há muito tempo essa boa notícia foi prometida por Deus, por meio dos seus profetas, e escrita nas Escrituras Sagradas. Ela fala a respeito do Filho de Deus, o nosso Senhor Jesus Cristo, o qual, como ser humano, foi descendente do rei Davi. E, quanto à sua santidade divina, a sua ressurreição provou, com grande poder, que ele é o Filho de Deus”.

Sem dúvida Jesus é o Filho de Deus. Sem dúvida ele é Emanuel – Deus conosco. Por isso, assim como Paulo, somos incumbidos de testemunhar esta Boa Nova “Hoje mesmo, na cidade de Davi, nasceu o Salvador de vocês – o Messias, o Senhor! Esta será a prova: vocês encontrarão uma criancinha enrolada em panos e deitada numa manjedoura” (Lc 2.11,12). Emanuel – Deus está conosco. Amém.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Tempo de Paz, Alegria e Felicidade.

Tema: Tempo de Paz, Alegria e Felicidade.
Itapema – Bom Caminho 15/12/2013
Régis Duarte Müller
3° Domingo de Advento – 14/12 a 22/12/2013
      
Textos Bíblicos: Salmo 146; Isaías 35.1-10; Tiago 5.7-10; Mateus 11.2-11

Introdução – Estamos nos aproximando do Natal e do Ano Novo. Nesse período do Ano vemos as pessoas falando em confraternização, desejando Paz, Alegria e Felicidade. Sem dúvida o tempo de Natal contagia, mas seria esse um sentimento de curto prazo, com data para o fim?
Outra coisa que pode ser constatada nas pessoas é a falta de paciência, a correria...
As pessoas querem deixar as coisas todas prontas, comprar os presentes, arrumar as malas para ir às férias e por aí vai. Nesse clima de pressa, de querer chegar à frente dos outros e ganhar dinheiro é comum encontrarmos pessoas estressadas. Após um ano cheio de muito trabalho, qualquer coisa é motivo para queixas, intrigas e brigas.
Como pode haver dois sentimentos e atitudes distintas? Ao mesmo tempo em que acontecem os preparativos para confraternizações, acontecem intrigas e queixas! Ao mesmo tempo em que alguém deseja feliz natal, outro está brigando no trânsito sem motivos – talvez por não ter arrancado antes do sinal ficar verde!
A falta de paciência e as queixas contra as outras pessoas (irmãos – αδελΦοί) são assuntos na ‘pauta’ de Tiago. Ao escrever sua carta ele aconselha as pessoas a viverem com paciência, procurando não se queixarem dos outros, “pois o Senhor virá logo” (v.8).
Contudo, é comum acontecerem xingamentos, intrigas, fofocas e discussões – seja no trânsito ou no trabalho, talvez na fila do caixa ou até mesmo dentro de casa. Pessoas, incluímos a nós mesmos – cristãos e irmãos – que precisam urgentemente ser lembradas dos conselhos de Tiago, que diz: “Vocês também precisam ter paciência. Não desanimem, pois o Senhor virá logo. Irmãos, não se queixem uns dos outros para não serem julgados por Deus. O juiz está perto, pronto para vir” (Tg 5.8-9).
Pois é... Às vezes passa despercebido. Mas nossa maneira de agir será julgada e poderá até mesmo nos levar à condenação. Afinal de contas, nós ofendemos nossos irmãos, praticamos pecados, negligenciamos os mandamentos de Deus. Nesse caso, especialmente o oitavo mandamento que ensina “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Cm, p.5).
Ora, pois, “o oitavo mandamento não só proíbe o falso testemunho diante do tribunal,
mas também todo o falar e pensar contra o próximo que provenha dum coração malvado, como por exemplo, mentir, trair, caluniar e difamar” (Cm, p.58).
É importante sabermos de tudo isso e cuidar do que pensamos e falamos, para não ocorrer de sermos pegos desprevenidos quando o Juiz voltar. Pois esse tribunal será o último. Será o dia que todo falso testemunho, todas as queixas, mentiras, traições, calúnias e difamações serão julgadas. E todo aquele que cometeu esses pecados será condenado.
A dureza do juízo é algo que assombra. Contudo é importante saber que Deus não quer que ninguém seja condenado, e por isso aconselha seu povo através de Tiago, Isaías, Davi... Durante nossa caminhada aqui na terra, de fato surgirão muitos problemas e dificuldades, por isso o profeta Isaías exorta: “Não tenham medo; animem-se, pois o nosso Deus está aqui. Ele vem para nos salvar, ele vem para castigar os nossos inimigos” (Is 35.4).
Isaías mostra que todo aquele que crer no Senhor como seu Deus será salvo e pularão e se alegrarão conforme nos apresenta os versículos 5-10. Nesse lugar não haverá mais tristezas, nem mágoas, nem dor, pois as primeiras coisas já passaram (Ap 21.4) “e ali viverão felizes para sempre. A alegria e a felicidade os acompanharão, e não haverá mais tristeza nem choro” (Is 35.10b).
Isso tudo acontece porque Deus dispensa seu auxílio – sua ajuda. Apenas podemos vencer os sofrimentos, as mágoas, as dores... Com a ajuda de Deus. Foi por isso que Jesus Cristo veio ao mundo, para fazer aquilo que nós não temos capacidade para fazer.
Deus quer nos ajudar a viver em Paz e encontrar a Verdadeira Alegria e Felicidade. Não a paz, alegria e felicidade que encontramos aí fora nas festas e nos comércios. Mas a Paz, Alegria e Felicidade que o menino Jesus nos proporciona. Muito mais agora, que a profecia já se cumpriu, que aguardamos a Nova Jerusalém, a fim de vivermos eternamente no paraíso.
Enquanto não entramos definitivamente no Paraíso, nós nos preparamos. Buscamos aprender com os profetas e com os apóstolos. Ouvimos atentos os ensinos dos pastores. Cuidamos a nossa boca para não falarmos calúnias, mentiras ou difamações. E quando surgem situações assim, busquemos praticar aquilo que Lutero nos ensinou: “Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não mentir com falsidade, trair, caluniar ou difamar o próximo; mas devemos desculpá-lo, falar bem dele e interpretar tudo da melhor maneira”, - O que isso quer dizer? “Interpretar tudo da melhor maneira quer dizer encobrir os erros e as fraquezas do próximo pelo amor” (p. 58, 60).
E em todo mais, busquemos amenizar as ansiedades e praticar a paciência até que o Senhor venha.

Que esse Tempo de Paz, Alegria e Felicidade que estamos vivendo não sejam reações limitadas ao comércio, à lei da oferta e da procura, mas atitudes espontâneas de um coração cheio do Espírito Santo que aguarda Paciente o retorno de Jesus. Amém.

Pastor Régis Duarte Müller