Tema: Tempo de Paz, Alegria e Felicidade.
Itapema – Bom Caminho 15/12/2013
Régis Duarte Müller
3° Domingo de Advento – 14/12 a 22/12/2013
Textos Bíblicos: Salmo 146; Isaías 35.1-10; Tiago
5.7-10; Mateus 11.2-11
Introdução – Estamos nos aproximando do Natal e do Ano Novo. Nesse
período do Ano vemos as pessoas falando em confraternização, desejando Paz, Alegria
e Felicidade. Sem dúvida o tempo de Natal contagia, mas seria esse um
sentimento de curto prazo, com data para o fim?
Outra coisa que pode ser constatada nas pessoas é a falta
de paciência, a correria...
As pessoas querem deixar as coisas todas prontas,
comprar os presentes, arrumar as malas para ir às férias e por aí vai. Nesse
clima de pressa, de querer chegar à frente dos outros e ganhar dinheiro é comum
encontrarmos pessoas estressadas. Após um ano cheio de muito trabalho, qualquer
coisa é motivo para queixas, intrigas e brigas.
Como
pode haver dois sentimentos e atitudes distintas? Ao mesmo tempo em que
acontecem os preparativos para confraternizações, acontecem intrigas e queixas!
Ao mesmo tempo em que alguém deseja feliz natal, outro está brigando no
trânsito sem motivos – talvez por não ter arrancado antes do sinal ficar verde!
A falta de paciência e as queixas contra as outras
pessoas (irmãos – αδελΦοί) são assuntos na ‘pauta’ de Tiago. Ao escrever sua
carta ele aconselha as pessoas a viverem com paciência, procurando não se
queixarem dos outros, “pois o Senhor virá
logo” (v.8).
Contudo,
é comum acontecerem xingamentos, intrigas, fofocas e discussões – seja no
trânsito ou no trabalho, talvez na fila do caixa ou até mesmo dentro de casa.
Pessoas, incluímos a nós mesmos – cristãos e irmãos – que precisam urgentemente
ser lembradas dos conselhos de Tiago, que diz: “Vocês também precisam ter paciência. Não desanimem, pois o Senhor virá
logo. Irmãos, não se queixem uns dos outros para não serem julgados por Deus. O
juiz está perto, pronto para vir” (Tg 5.8-9).
Pois é... Às vezes passa despercebido. Mas nossa maneira
de agir será julgada e poderá até mesmo nos levar à condenação. Afinal de
contas, nós ofendemos nossos irmãos, praticamos pecados, negligenciamos os
mandamentos de Deus. Nesse caso, especialmente o oitavo mandamento que ensina “Não dirás falso testemunho contra o teu
próximo” (Cm, p.5).
Ora, pois, “o
oitavo mandamento não só proíbe o falso testemunho diante do tribunal,
mas
também todo o falar e pensar contra o próximo que provenha dum coração malvado,
como por exemplo, mentir, trair, caluniar e difamar” (Cm, p.58).
É
importante sabermos de tudo isso e cuidar do que pensamos e falamos, para não
ocorrer de sermos pegos desprevenidos quando o Juiz voltar. Pois esse tribunal
será o último. Será o dia que todo falso testemunho, todas as queixas,
mentiras, traições, calúnias e difamações serão julgadas. E todo aquele que
cometeu esses pecados será condenado.
A dureza do juízo é algo que assombra. Contudo é
importante saber que Deus não quer que ninguém seja condenado, e por isso
aconselha seu povo através de Tiago, Isaías, Davi... Durante nossa caminhada
aqui na terra, de fato surgirão muitos problemas e dificuldades, por
isso o profeta Isaías exorta: “Não tenham
medo; animem-se, pois o nosso Deus está aqui. Ele vem para nos salvar, ele vem
para castigar os nossos inimigos” (Is 35.4).
Isaías
mostra que todo aquele que crer no Senhor como seu Deus será salvo e pularão e
se alegrarão conforme nos apresenta os versículos 5-10. Nesse lugar não haverá
mais tristezas, nem mágoas, nem dor, pois as primeiras coisas já passaram (Ap
21.4) “e ali viverão felizes para sempre.
A alegria e a felicidade os acompanharão, e não haverá mais tristeza nem choro”
(Is 35.10b).
Isso
tudo acontece porque Deus dispensa seu auxílio – sua ajuda. Apenas podemos
vencer os sofrimentos, as mágoas, as dores... Com a ajuda de Deus. Foi por isso
que Jesus Cristo veio ao mundo, para fazer aquilo que nós não temos capacidade
para fazer.
Deus
quer nos ajudar a viver em Paz e encontrar a Verdadeira Alegria e Felicidade.
Não a paz, alegria e felicidade que encontramos aí fora nas festas e nos
comércios. Mas a Paz, Alegria e Felicidade que o menino Jesus nos proporciona.
Muito mais agora, que a profecia já se cumpriu, que aguardamos a Nova
Jerusalém, a fim de vivermos eternamente no paraíso.
Enquanto não entramos definitivamente no Paraíso, nós nos
preparamos. Buscamos aprender com os profetas e com os apóstolos. Ouvimos
atentos os ensinos dos pastores. Cuidamos a nossa boca para não falarmos
calúnias, mentiras ou difamações. E quando surgem situações assim, busquemos
praticar aquilo que Lutero nos ensinou: “Devemos
temer e amar a Deus e, portanto, não mentir com falsidade, trair, caluniar ou
difamar o próximo; mas devemos desculpá-lo, falar bem dele e interpretar tudo
da melhor maneira”, - O que isso quer dizer? “Interpretar tudo da melhor maneira quer dizer encobrir os erros e as
fraquezas do próximo pelo amor” (p. 58, 60).
E em todo mais, busquemos amenizar as ansiedades e
praticar a paciência até que o Senhor venha.
Que esse Tempo de Paz, Alegria e Felicidade que estamos
vivendo não sejam reações limitadas ao comércio, à lei da oferta e da procura,
mas atitudes espontâneas de um coração cheio do Espírito Santo que aguarda
Paciente o retorno de Jesus. Amém.
Pastor Régis Duarte Müller
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