Radio Cristo para Todos

terça-feira, 17 de julho de 2012

Por causa de CRISTO somos aprovados diante do PRUMO de DEUS!

Sétimo Domingo Após Pentecostes – 15-07-2012
Sl 85; Am 7.7-15; Ef 1.3-14; Mc 6.14-29
Introdução
            Você sabe para que serve um prumo? O prumo é um instrumento indispensável, por exemplo, na construção de uma casa ou de um muro. Colocando o prumo na parede eu sei se a parede que está sendo erguida está reta ou torta. O prumo vai me mostrar se está bom ou se precisa concertar.
Fato
No texto de Amós o profeta conta que o SENHOR Deus lhe apareceu numa visão com um prumo na mão. O prumo está sendo usado por Deus para reprovar a conduta de Israel, o seu povo. Israel era como um muro torto que precisava ser derrubado e reconstruído novamente. Eu vou mostrar que o meu povo não anda direito: é como um muro torto, construído fora de prumo. (v.8) Todos os templos e os outros lugares de adoração da terra de Israel serão destruídos, e eu vou acabar com o rei Jeroboão e com os seus descendentes. (v.9)
            Amós anunciou essa mensagem de descontentamento de Deus e de juízo para o povo de Israel, por volta do ano 760 a. C. Naquele tempo a nação de Israel já era uma nação dividia em dois reinos a mais ou menos uns 200 anos. Israel e Judá. Israel era o Reino do Norte e Judá era o Reino do sul. Amós pertencia ao reino do sul, a Judá, e foi enviado por Deus para levar a sua mensagem ao povo e ao Rei Jeroboão II do Reino do Norte, Israel.
            Durante o longo Reinado de Jeroboão II (783-743 a.C, Israel expandiu o seu território cresceu politica e economicamente e se tornou uma nação poderosa, rica e próspera. Mas, no meio dessa prosperidade, luxo e poder havia ganância, opressão, suborno, exploração, adoração a deuses falsos e desprezo total pela justiça social e pela justiça divina. (2.6-8), (5.10-13) Esta era a realidade do povo de Deus, um povo que segundo a vontade de Deus deveria ser exemplo de adoração a Deus, de amor, compaixão, exemplo de justiça e humildade para os outros povos.
Desenvolvimento
            No capítulo 4 de Amós nós podemos ver que Deus tentou de várias formas fazer com que o seu povo se arrependesse dos seus pecados e voltasse para ele. Deus usou fome, falta de água, pragas, morte e destruição para trazer Israel de volta a Ele, mas sem sucesso. “Assim mesmo vocês não voltaram para mim. Por isso, povo de Israel, eu os castigarei,” (4.11, 12) disse Deus. Deus, como ainda hoje faz, fez de tudo, deu várias oportunidades para o seu povo se arrepender e reconstruir a sua vida aprumada na sua vontade, mas eles não quiseram.
            Por isso irmãos, no capítulo 7 (no texto de hoje) a mensagem que Deus está mandando o profeta Amós anunciar ao povo e aos líderes de Israel, não é mais uma mensagem de acusação para o povo enxergar o seu pecado. Isso Deus já tinha feito inúmeras vezes anteriormente. Agora é uma mensagem de julgamento. Deus manda o profeta anunciar o seu veredito final para aqueles que recusaram corrigir as suas vidas e reconstruí-las ao lado de Deus. Deus manda o profeta dizer que a sua punição é inevitável para o povo de Israel.
            E nós vimos no encontro do profeta Amós com o sacerdote Amazias de Israel, que a mensagem de Deus foi tratada com descaso e o profeta com deboche. (v.12) A mensagem de Deus anunciada pelo profeta Amós causou no máximo uma preocupação política. Foi tratada apenas como uma revolta da oposição contra os líderes de Israel. (v.10) Seus corações estavam secos, endurecidos por se afastarem de Deus. Talvez por isso nem se preocuparam com o juízo e a condenação de Deus que viria sobre eles.          
Aplicação
            Irmãos, a Bíblia diz que Deus é o mesmo ontem, hoje e sempre o será. Isso significa que Deus continua preocupado com a conduta do seu povo. E o seu povo somos nós, os seus filhos por meio da fé em Cristo. Paulo deixa isso bem claro na epistola de hoje: De acordo com a sua vontade... Deus nos escolheu para sermos o seu povo, por meio da nossa união com Cristo. (Ef 1.11)
Se Deus usasse seu prumo e avaliasse a nossa vida. Qual seria a sua conclusão?
Irmãos, por mais conhecedor que o ser humano seja da vontade de Deus. E por mais que ele se esforce para viver em retidão diante de Deus, a Bíblia diz que “não há homem justo sobre a terra que não faça o mal e que não peque.” (Ec 7.20) Ou seja, ninguém é perfeito. Se Deus colocar o seu prumo em nossa vida Ele vai ver coisas erradas, o pecado torna a nossa vida torta. Nós somos como Israel, um muro torto. E aí surge uma preocupação: Como fica a nossa vida uma vez que Paulo está dizendo na epístola de hoje que: Deus nos escolheu para pertencermos somente a ele e para nos apresentarmos diante dele sem culpa. (Ef 1.4)
            Sendo assim, nós também vamos ser reprovados pelo prumo de Deus! Quem é que pode se apresentar diante de Deus sem pecado, sem culpa?
Bom, aí nós precisamos continuar lendo o que Paulo diz logo em seguida. Paulo diz: Por causa do seu amor por nós, Deus já havia resolvido que nos tornaria seus filhos, por meio de Jesus Cristo, pois este era o seu prazer e a sua vontade. Portanto, louvemos a Deus pela sua gloriosa graça, que ele nos deu gratuitamente por meio do seu querido Filho. Pois pela morte de Cristo na cruz, nós somos libertados, isto é, os nossos pecados são perdoados. Como é maravilhosa a graça de Deus, que ele nos deu com tanta fartura! (Ef 1.5-8)
            Por causa de Cristo nós não somos reprovados diante do prumo de Deus!
Talvez alguém possa pensar: Então é por isso que Israel não foi aprovado pelo prumo de Deus, Cristo ainda não tinha vindo ao mundo. Não, não é por isso! Israel foi reprovado e muitos foram condenados por não se arrependerem, por não corrigirem suas vidas e não confiarem na promessa e graça de Deus. Cristo era essa promessa e graça de Deus. Na vida do povo de Israel Cristo estava presente como Uma promessa. E os que foram salvos, (...) foram porque confiaram nessa promessa e graça de Deus.
O que nos torna diferentes daquelas pessoas que ouviram as mensagens do profeta Amós em Israel é a graça de Deus. A confiança na maravilhosa graça de Deus. Por maior que tenha sido o pecado de Israel e por menor que seja o nosso pecado, para Deus não faz diferença. Todo pecado leva a morte e se não houver arrependimento e confiança na graça de Deus, leva a condenação.
Conclusão
            Quando Deus olha para uma pessoa que confia na sua Graça que é Cristo, e vive uma vida de arrependimento e confiança na Graça conquistada por Ele ao morrer na cruz, não é os nossos pecados que Deus vê, é a retidão, perfeição e justiça de Cristo que ele enxerga em nós.
            Por isso irmãos, nós também podemos dizer como Paulo: “Como é maravilhosa a graça de Deus, que ele nos deu com tanta fartura”. Que Deus nos mantenha sempre em sua maravilhosa Graça! Amém!
                                                                              Pr. Fernando Santos Boone

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