“Procurai a paz da cidade para onde vos
desterrei e orai por ela ao Senhor, porque na sua paz vós terei paz” (Jeremias
29.7).
Estamos assistindo notícias em nosso e
em vários países, sobre os manifestos e protestos que estão ocorrendo em várias
capitais e cidades brasileiras. A proposta inicial destes movimentos sociais
legítimos é reivindicar por direitos não contemplados por nossas autoridades em
favor do povo, e protestar em face da corrupção crescente e avassaladora em
nosso país. Elogiamos os movimentos e manifestos que são ideológicos, ordeiros
e pacíficos, que respeitam as pessoas e o patrimônio público e privado.
O profeta Jeremias incentivou para que
o povo de Deus procurasse e pro-movesse a paz em seus ideais e em suas
realizações, orando em favor das suas autoridades, para que todos possam viver
em paz e segurança. Gesto semelhante faz o apóstolo Paulo quando incentiva os cristãos a
orarem por suas autoridades, para que vivamos vida tranquila e pacífica (1
Timóteo 2.1-3).
O que nos preocupa em alguns manifestos
é a violência que alguns grupos e algumas pessoas, com outros interesses, têm
causado em várias cidades brasileiras. Temos problemas reais e circunstanciais
no Brasil e nos seus estados e municípios? Temos. Mas, nada justifica a
violência e impedir o direito de ir e vir de nossos compatriotas. Também o
apóstolo Paulo nos orienta: “Não te deixes vencer do mal, mas vença o mal com o
bem” (Romanos 12.21). A Igreja Cristã empenha-se em divulgar o Evangelho de
Cristo a todos os recantos do Brasil, por acreditar que é "Feliz a nação
que tem o Senhor como o seu Deus! Feliz o povo que Deus escolheu para ser
dele!” (Salmo 33.12).
Quando se discute o tema da violência,
procura-se por soluções que sempre passarão pela educação, um constante desafio
para todos, não apenas no nível sociológico, mas especialmente no nível
religioso, o que por muitos é ignorado. É aí que está o grande problema:
Ignorar o Senhor Deus que nos criou, salvou e santificou. Quando assim
procedemos, estamos ignorando a verdadeira origem e identidade da nossa vida.
Isto leva o ser humano a vi-ver “cada um por si e Deus por todos”, a viver
“tempos líquidos”, sem valores, sem uma educação cristã baseada no amor de
Deus. Vemos a profecia de Jesus se cumprindo: “O amor se esfriará de quase
todos” (Mateus 24.12).
Assim como nos tempos de Jeremias e do
apóstolo Paulo, também hoje a violência nos traz preocupações e inseguranças.
Porque fomos amados, perdoados, restaurados e feitos filhos de Deus, não nos
deixaremos guiar por ressentimentos, mas pela fé ativa no amor de Deus,
testemunhando e servindo por esta causa.
Pastor Volnei Schwartzhaupt
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