Tema: Orgulho do Pai!
Itapema – Bom Caminho 12/01/2014
Régis Duarte Müller
1° Domingo Após Epifania – 12/01 a 19/01/2014
Textos Bíblicos: Salmo 29; Isaías 42.1-9; Romanos
6.1-11; Mateus 3.13-17
Vamos pensar na relação entre pais e filhos,
especialmente a reação dos pais diante das façanhas de seus filhos. Podemos
perceber que os pais têm orgulho e gostam de falar de seus filhos, do que eles
fazem, até mesmo quando aprontam. Mas o pai sempre fica
orgulhoso para dizer
que o filho aprendeu a falar, aprendeu a caminhar, passou no vestibular, se
formou, encontrou sua profissão etc. Parecido com o que fez o próprio Deus ao
dizer: “Este é o meu Filho amado, em quem
me comprazo” (Mt 3.17).
Contudo, o orgulho de Deus Pai se dá pelo início do
ministério de Jesus, que é a pura manifestação da graça Divina em prol dos
pecadores, pois Jesus inicia seu ministério e sua caminhada até ressuscitar e
vencer a morte e o poder do pecado. O orgulho de Deus Pai está diretamente
ligado a esta ação: a libertação e salvação do mundo. Quer dizer, esta é a
manifestação pura da graça de Deus.
Manifestação está diretamente ligada com o Período da
Igreja que estamos vivendo desde o dia 06 de Janeiro – A Epifania.
O Período da Epifania é muito importante para a Igreja (A
Epifania é no dia 06 de Janeiro), pois se entende como o período da
manifestação de Cristo ao mundo. No Batismo de Jesus, Deus manifesta seu Filho
ao mundo ao dizer “Este é o meu Filho
amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17). Sendo assim, o Batismo de Jesus é a
manifestação Divina para toda humanidade, demonstrando seu amor e sua graça.
Após seu batismo, Jesus inicia sua caminhada rumo à
salvação e libertação do povo. O Batismo de Jesus também revela a epifania
gloriosa da Trindade. No relato de Mateus, Deus se manifesta ao mundo através
do Batismo de Jesus, através da fala do Pai e da ação do Espírito Santo,
descendo em forma de uma pomba. Diante de tudo isso, somos motivados a
‘manifestar’ ao mundo a bondade e a graça de Deus, revelados em seu Filho. E
por tudo isso nós somos motivados a dar testemunho do amor de Deus,
tributando-lhe glória e força, pois estamos mortos para o pecado e vivos para
Deus, por causa de Cristo (Rm 6).
Tudo isso em decorrência da graça de Deus dispensada em
nosso favor através do nascimento do menino Jesus, através de seu Ministério
abençoado e da sua morte e ressurreição. Acontece que muitos são levados a
pensar que Deus já fez tudo, e por isso não importa a vida que vamos ter, pois
Deus já garantiu a salvação.
Isso nos faz questionar: “Será que devemos continuar vivendo no pecado para que a graça de Deus
aumente ainda mais?” (v.1b).
Sem dúvida Deus tem poder para isso, contudo, essa não é
a sua vontade. Ele espera que os cristãos vivam de forma digna tributando-lhe
glória e força. Por isso, Paulo responde: “de
modo nenhum!” (v.2). Pelo Batismo temos nova vida em Cristo, sendo que
também fomos sepultados com Ele. Junto com Cristo também viveremos “Pois havendo Cristo ressuscitado dentre os
mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele... Assim também vós
considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus” (v.9,
11). Sendo assim, o pecado não pode ter domínio sobre nós, mas sim Cristo. É
ele que deve reger nossas vontades, desejos, pois é dele e por ele que recebemos
a vida eterna.
No entanto, aqueles que não renovam a fé recebida pelo
Batismo, que vivem desregradamente e não se importam com as instruções do
Senhor estão correndo graves riscos. São pessoas que fecham o coração para a
ação do Espírito Santo e se negam a receber sua instrução. São pessoas que não
percebem a graça de Deus.
Contudo, ainda vivemos no tempo da Graça de Deus. Ainda há
tempo para perdão, e para que o poder de Deus seja manifestado ao mundo –
Inclusive em nossa vida. Afinal, somos mortos para o pecado e vivos para Deus
através do Batismo e de uma atitude cristã diária através da Oração, devoção,
confissão dos pecados... E tudo isso é possível “Pois sabemos que a nossa velha natureza pecadora já foi morta com
Cristo na cruz a fim de que o nosso eu pecador fosse morto, e assim não sejamos
mais escravos do pecado. Pois quem morre fica livre do poder do pecado” (Rm
6.6-7).
Isso tudo é possível porque Jesus Cristo deu continuidade
ao Plano de Deus, quando se colocou ao lado dos seres humanos ao ser batizado mesmo
sem ter pecado, e muito especialmente, porque manifesta em seu batismo o desejo
de libertar os seres humanos da escravidão do pecado.
É por tudo isso que podemos perceber o orgulho do Pai ao
dizer: “Este é o meu Filho querido, que
me dá muita alegria” (Mt 3.17). Afinal, o Plano de Deus está próximo do fim
e os beneficiados seremos nós, pois é através de Jesus que temos poder para
lutar contra o pecado. Além do mais, a Palavra de Deus continuará transformando
nossa vida, seremos diariamente lavados dos nossos pecados e recebendo forças
para andar em amor, perdão e pureza diante do Senhor.
Portanto, “se já
morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele... A sua morte foi
morte para o pecado e valeu de uma vez por todas. E a vida que ele vive agora é
uma vida para Deus. Assim também vocês devem se considerar mortos para o
pecado; mas, por estarem unidos com Cristo Jesus, devem se considerar vivos
para Deus” (Rm 6.8, 10 e 11). Quem assim seja, em nome de Jesus. Amém.
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